Ministério
Público denuncia prefeito de Paranaguá
O
Ministério Público do Paraná (MP-PR) requisitou à Justiça o afastamento
imediato do prefeito de Paranaguá, José Baka Filho.
O Ministério Público do Paraná
(MP-PR) requisitou à Justiça o afastamento imediato do prefeito de Paranaguá,
José Baka Filho (PDT), do comando do município. O MP-PR também pede a
indisponibilidade de bens do prefeito. Os promotores acusam Baka de receber
propina de quase R$ 1,3 milhão como “comissão” por dois contratos de
fornecimento de merenda e de material escolar. Em duas ações na Justiça, o
MP-PR ainda requisita a devolução aos cofres da prefeitura do valor dos dois
contratos – cerca de R$ 22,7 milhões.
A matéria veiculada na Gazeta do Povo, diz que a
investigação do MP paranaense durou dois anos. Na apuração, os promotores
utilizaram parte do material levantado pelo Grupo Especial de Repressão aos
Delitos Econômicos (Gedec), órgão do Ministério Público de São Paulo que
investigou, durante quase quatro anos, o que os promotores chamam de “máfia da
merenda”. A empresa SP Alimentação, que forneceu merenda em Paranaguá, é
acusada pelo MP de São Paulo de cometer irregularidades em contratos com várias
prefeituras paulistas e de outros estados.
Os promotores de Paranaguá
sustentam que Baka recebeu, entre março de 2006 e março de 2008, R$ 826 mil em
propinas pagas pela SP Alimentação por favorecer a contratação da empresa para
fornecer a merenda escolar no município e outros R$ 467,3 mil para contratar uma
empresa do grupo – a A11 – para fornecimento de uniformes e material escolar.
NOTA PÚBLICA
Infelizmente não é com
estranheza que o poder público municipal e em particular o prefeito José Baka
Filho recebem a notícia pela imprensa de denúncias verbais feitas por
ex-funcionário de empresa prestadora de serviços de alimentação a nível
nacional que atendeu as escolas e creches municipais, para o Ministério Público
Estadual. A opinião pública deve e tem que saber sempre do trabalho das
diversas esferas de poder, mas a forma engendrada para fazê-lo muitas vezes
corrompe o rito processual legal, tornando o que pode ser notícia apenas
espetáculo!
Na informação dada aos órgãos de
imprensa, foi citado que simplesmente os R$ 21,4 milhões referentes ao contrato
de fornecimento de alimentação, de qualidade ressalve-se, ofertada às nossas
crianças, foram totalmente desviados e deveriam ser devolvidos.
Além de em nenhum momento terem sido
acatadas nossas prestações de contas e explicações a respeito, esqueceram de
investigar se nossas crianças em mais de 5 anos deixaram de se alimentar nas
escolas municipais – em alguns dos casos até 4 refeições por dia - e se não
perceberam a melhoria significativa da qualidade das mais de 23 milhões de
refeições fornecidas neste período com investimento de R$ 21.460.249,97 pagos.
Se tivesse sido levado em conta e
divulgado também estas informações, mesmo erradamente antes do conhecimento dos
acusados, ficaria claro para a população que em função de uma licitação pública
nacional e disputada feita e homologada em 2006 cujo contrato encerrou-se em
2011, o valor médio unitário de cada uma destas refeições à época ficou em R$
0,91, e foi reajustado de acordo com a lei, ainda assim muito abaixo da média
nacional paga por diversos governos, tanto municipais, como estaduais em todo o
país. Salientamos, inclusive, que o valor repassado pelo governo federal não
cobre o todo deste custo unitário, tendo sempre que ser completado pelo governo
municipal.
Assim cai por terra a visão
distorcida de não fornecimento das refeições do referente contrato e como todo
governo sério que compra legalmente deve pagar.
Quanto às denúncias verbais
publicizadas, esta é uma época de denuncismos, que o país fica perplexo em ver
a ampliação de anunciadores de uma verdade conveniente, mas aos olhos da
verdade e dos fatos, a ausência de documentos que possam comprovar tais fatos
por serem irreais, entende o poder municipal e o prefeito, mesmo estando sem o
conhecimento oficial do teor das denúncias e portanto distanciado do direito de
explicitar a realidade, que um ex-funcionário da empresa fornecedora e
desconhecido do governo municipal, do qual não se tem conhecimento dos motivos
e possíveis arestas e ressentimentos para ter se afastado de tal empresa,
jamais pode ser prova incontestável para ilações tão graves e que pelo período
pré-eleitoral deixa em suspeição a real intenção de tais afirmações.
A população de Paranaguá merece saber
que a prefeitura de Paranaguá não foi notificada e nem julgada em ações
fraudulentas.
Após a contratação de empresa para
fornecimento da merenda, a cidade viveu dias, semanas, meses e anos melhores
sem reclamações da falta de merenda, pois todas as mais de 15 mil crianças da
rede municipal de ensino receberam as duas merendas para quem estuda em escola
parcial, três merendas para quem está nas escolas integrais e quatro merendas
para as crianças das nossas creches, dos nossos centros municipais de educação
infantil.
A empresa prestou os serviços nas
escolas municipais e seguiu, rigorosamente, o cardápio estabelecido pelo
Conselho de Alimentação Escolar que é formado por representantes do Poder
Executivo, dos professores e trabalhadores da educação, de pais de alunos e
representantes da sociedade civil organizada conforme Decreto 1.723 de 11 de
janeiro de 2011. Estas são as informações que a população merece saber.
Por todas essas informações rechaçamos, veementemente, as
denúncias que transformam-se numa experiência perigosa do estado de direito.
À Prefeitura de Paranaguá, como sempre, caberá atestar a
idoneidade dos contratos e a absoluta falta de sustentação de tais acusações,
deixando a pergunta: a quem interessa neste momento político a divulgação antecipada
de tais inverdades?
Nenhum comentário:
Postar um comentário