O
juiz federal Vicente de Paula Ataíde Júnior, de Paranaguá, considerou que houve ausência de provas contra o comandante
do navio maltês Seref Kuru, Coskun Çavdar; e o liberou da acusação de
tentativa de homicídio contra o camaronês Wilfred Ondobo Happy, que
estava como clandestino no navio e alega ter sido jogado ao mar pela
tripulação. Depois de 94 dias sob liberdade vigiada, Coskun embarcou na
segunda-feira (1) para Istambul, na Turquia.
Os outros cinco marinheiros envolvidos no
episódio, porém, tiveram as denúncias acatadas e serão levados a júri
popular federal na cidade portuária. O júri está previsto para acontecer
nos dias 23 e 24 deste mês.
O caso teve início em junho, quando o
Ministério Público Federal (MPF) recebeu a denúncia de que Ondobo, que
viajava clandestinamente na embarcação, havia sido jogado ao mar, a 12
quilômetros da costa brasileira. Depois de ser resgatado pelo navio
chileno Marine R., Ondobo disse que foi torturado, ficou em um pequeno
compartimento preso e depois foi lançado ao mar em um "pallet" com uma
lanterna e mais 150 euros entregues pela tripulação. Ele foi encontrado
após 11 horas à deriva.
Logo após a denúncia, os 19 tripulantes (17
turcos e dois georgianos) ficaram sob escolta. Em agosto, 13 deles foram
liberados e seguiram para seus países.

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