Coeficiente
eleitoral é o método para escolher os representantes do Poder Legislativo
Para saber quais serão os 17
vereadores que estarão na Câmara Municipal a partir de 2013, é preciso fazer algumas contas.
No Brasil, o método utilizado para escolher os
representantes do Poder Legislativo é chamado de coeficiente eleitoral.
Ele é utilizado no cálculo de vagas para os
cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal.
Para chegar aos nomes, é preciso ter algumas
informações em mãos como o número de votos válidos, a quantidade de vagas em
disputa e depois, só o resultado final da eleição dará os outros números
necessários como os votos dos partidos.
O primeiro passo é calcular o coeficiente
eleitoral que é o total de votos válidos dividido pelo número de vagas
disputada.
No caso de Paranaguá, é o mesmo que dividir
101.047 votos pelo total de 17 vagas disputadas no Legislativo. Dessa conta
você tem o número de 5.943. (Vamos considerar 6 mil votos para o cálculo do
coeficiente partidário) Este número é o coeficiente eleitoral e a fórmula
chama-se “quota hare” e é utilizada em alguns outros países como Colômbia,
Dinamarca, Madagascar e Costa Rica.
Desse cálculo, sabe-se que um partido ou
coligação terá que fazer 5.943 votos para garantir uma cadeira na Câmara.
O segundo passo é calcular o coeficiente
partidário.
Este coeficiente é o número de votos para a
legenda ou coligação dividido pelo coeficiente eleitoral.
Vamos supor que a coligação A faça 50 mil votos.
Calcula-se 50 mil por 6 mil votos que é o coeficiente eleitoral e assim o
partido ou a coligação A terá 8 vereadores eleitos.
Se a legenda ou coligação B fizer 15 mil votos,
esse grupo fará 2 vereadores para a próxima legislatura.
Portanto, há sempre uma expectativa na votação de
alguns candidatos, mas só depois do resultado final do dia da eleição é que os
presidentes de partidos e candidatos terão certeza dos candidatos eleitos.
É importante lembrar que, se o coeficiente
partidário for menor que 1, o partido não elege vereadores.
E quando a conta mostra um número fracionário
como 3.2 ou 2.5, considera-se apenas o 3 ou o 2.
Como todo sistema, este também
tem falhas. Isso ficou evidente em eleições recentes, quando o candidato Enéas
Carneiro atingiu sozinho um coeficiente partidário maior que 7, criando várias
vagas para o Prona, com candidatos de votação totalmente inexpressiva. O
contrário também existiu, quando em 1998, Lindeberg Farias tentou um mandato
para a Câmara Federal pelo PSTU, foi um dos deputados federais mais votados, só
que o seu partido, por não ter feito coligação e por não ter mais nenhum candidato
com boa votação, não atingiu o coeficiente partidário de 1, impedindo sua
eleição.

Nenhum comentário:
Postar um comentário