quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Entenda como os vereadores são eleitos


Coeficiente eleitoral é o método para escolher os representantes do Poder Legislativo
Para saber quais serão os 17 vereadores que estarão na Câmara Municipal a partir de 2013, é preciso fazer  algumas contas.
No Brasil, o método utilizado para escolher os representantes do Poder Legislativo é chamado de coeficiente eleitoral.
Ele é utilizado no cálculo de vagas para os cargos de vereador, deputado estadual e deputado federal.
Para chegar aos nomes, é preciso ter algumas informações em mãos como o número de votos válidos, a quantidade de vagas em disputa e depois, só o resultado final da eleição dará os outros números necessários como os votos dos partidos.
O primeiro passo é calcular o coeficiente eleitoral que é o total de votos válidos dividido pelo número de vagas disputada.
No caso de Paranaguá, é o mesmo que dividir 101.047 votos pelo total de 17 vagas disputadas no Legislativo. Dessa conta você tem o número de 5.943. (Vamos considerar 6 mil votos para o cálculo do coeficiente partidário) Este número é o coeficiente eleitoral e a fórmula chama-se “quota hare” e é utilizada em alguns outros países como Colômbia, Dinamarca, Madagascar e Costa Rica.
Desse cálculo, sabe-se que um partido ou coligação terá que fazer 5.943 votos para garantir uma cadeira na Câmara.
O segundo passo é calcular o coeficiente partidário.
Este coeficiente é o número de votos para a legenda ou coligação dividido pelo coeficiente eleitoral.
Vamos supor que a coligação A faça 50 mil votos. Calcula-se 50 mil por 6 mil votos que é o coeficiente eleitoral e assim o partido ou a coligação A terá 8 vereadores eleitos.
Se a legenda ou coligação B fizer 15 mil votos, esse grupo fará 2 vereadores para a próxima legislatura.
Portanto, há sempre uma expectativa na votação de alguns candidatos, mas só depois do resultado final do dia da eleição é que os presidentes de partidos e candidatos terão certeza dos candidatos eleitos.
É importante lembrar que, se o coeficiente partidário for menor que 1, o partido não elege vereadores.
E quando a conta mostra um número fracionário como 3.2 ou 2.5, considera-se apenas o 3 ou o 2.
Como todo sistema, este também tem falhas. Isso ficou evidente em eleições recentes, quando o candidato Enéas Carneiro atingiu sozinho um coeficiente partidário maior que 7, criando várias vagas para o Prona, com candidatos de votação totalmente inexpressiva. O contrário também existiu, quando em 1998, Lindeberg Farias tentou um mandato para a Câmara Federal pelo PSTU, foi um dos deputados federais mais votados, só que o seu partido, por não ter feito coligação e por não ter mais nenhum candidato com boa votação, não atingiu o coeficiente partidário de 1, impedindo sua eleição.

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